Trata-se de um abrandamento face às subidas homólogas de 10,3% do primeiro trimestre e de 7,8% do segundo, variações também acima da média europeia.
Segundo os números do Eurostat, entre julho e setembro os preços das casas registaram variações mais suaves, subindo 0,5% na comparação com o trimestre anterior, menos que a variação de 0,8% registada no segundo trimestre e que os 4,9% dos primeiros três meses do ano. No conjunto dos países da UE, esta variação foi de 1,4%, e na zona euro de 1,3%.
O House Price Index do Eurostat mostra que as maiores subidas homólogas se registaram no Luxemburgo (13,6%), na Polónia (10,9%) e na Áustria (8,9%). Chipre e Irlanda registaram variações negativas, de -1,4% e -0,8%, respetivamente.
Na comparação trimestral, destaque para a subida dos preços de 5,2% na Hungria, de 4,2% na Dinamarca e de 3,7% na Letónia. As descidas registaram-se no Chipre (-4,8%), na Roménia (-2,6%) e em Itália (-2,5%).
Preços das casas sobem mais de 40% em 10 anos
Segundo o Eurostat, na comparação entre 2010 e o terceiro trimestre de 2020, os preços da habitação em Portugal registaram subidas superiores a 40%, bem acima da média europeia de cerca de 27%.
No entanto, neste indicador destaca-se a Islândia, com um aumento dos preços de 120% em 10 anos, seguida pela Estónia, com cerca de 118%.
Entre os países que registaram menores variações dos preços da habitação estão a Roménia, Finlândia, Croácia, ou França, com subidas entre os 5% e os 20%. Os preços desceram apenas na Grécia, em Itália, Chipre e Espanha, entre os -5% e os -30%.
Rendas subiram mais de 20%
Já os preços das rendas subiram ligeiramente acima dos 20% em Portugal desde 2010, novamente acima dos cerca de 15% da zona euro ou da UE.
Destaque novamente para a Estónia, onde os preços do arrendamento subiram quase 140%, ou para a Lituânia, onde cresceram 108%.
As subidas mais moderadas registaram-se em países como o Luxemburgo, Alemanha, Suécia, Eslováquia, Bulgária, Bélgica, França, Espanha, Itália ou Suíça, entre os 4% e os 19%. Os preços das rendas a 10 anos desceram apenas na Grécia (cerca de -25%) e no Chipre (-5%).
Fonte: Vida Imobiliária