Habitação
26/07/2021
Mercado residencial prime em Lisboa cresceu 4,5% até junho
O valor do mercado residencial prime em Lisboa registou um aumento de 4,5% entre janeiro e junho deste ano.
Mercado residencial prime em Lisboa cresceu 4,5% até junho

De acordo com a análise da consultora Savills, no seu mais recente “World Cities Index”, o mercado residencial prime em Lisboa registou um aumento de 4,5% entre janeiro e junho de 2021, com o valor médio de propriedades residenciais prime a chegar aos 8600 euros por m² .

Ricardo Garcia, Diretor de Residencial da Savills Portugal, refere que «temos vindo a verificar um aumento gradual da procura de imóveis prime devido ao maior controlo da pandemia e à abertura de alguns mercados, tendência que contamos ver melhorada com a aceleração da vacinação e que esperamos ver materializada no último trimestre do ano. Portugal, nomeadamente o setor de imóveis prime, continuará a ser um mercado muito apetecível e que beneficiará com a abertura dos mercados. Prevê-se um último trimestre forte.».

A evolução nacional acompanha uma tendência global de valorização. Das 30 cidades analisadas pela Savills todas cresceram, com exceção de Roma, Milão, Madrid, que não registaram aumentos, e de Barcelona, Paris, Mumbai, Nova Iorque que registaram contrações no valor dos mercados residenciais prime.

Kelcie Sellers, analista da Savills World Research, afirma que «o regresso das viagens internacionais provavelmente fará aumentar o número de compradores de propriedades prime».

«Prevê-se que uma recuperação económica sustentada continuará a fortalecer a confiança dos compradores e fará crescer a procura. Apesar de continuar a existir um certo grau de incerteza relacionado com a pandemia, antevê-se que o setor residencial prime se mantenha forte durante o resto do ano», acrescenta.

Para o aumento do valor de residências prime contribuíram taxas de juro consistentemente baixas, o fortalecimento da confiança dos compradores, o aumento do número de transações a preços mais altos e medidas de estímulo económico para combater os efeitos negativos da pandemia de COVID-19.

As cidades que não registaram crescimento «são aquelas cujos mercados residenciais prime dependem fortemente de investimento estrangeiro, e a pandemia veio levantar múltiplos obstáculos à movimentação transfronteiriça de capital», descreve a análise da Savills.

China e EUA lideram crescimento do valor dos mercados residenciais prime

Referir que no topo do “World Cities Index” estão as cidades chinesas de Xangai e Guangzhou, com taxas de crescimento dos respetivos mercados residenciais prime de 13,7% e 7,9% no primeiro semestre do ano. Los Angeles e Miami são as duas cidades dos Estados Unidos da América que se destacam no índice da Savills, com aumentos de 12% e 9,1% nos valores dos respetivos mercados residenciais prime.


Fonte: Vida Imobiliária