Investimento
22/08/2023
Investimento imobiliário comercial fecha o semestre nos €765M
O segmento hoteleiro e de retalho representaram, respetivamente, 39% e 38% do volume de investimento aplicado até junho. Demoras nos processos de decisão deverão manter-se nos próximos meses.
Investimento imobiliário comercial fecha o semestre nos €765M

O mercado do investimento imobiliário comercial português atraiu 765 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, contabiliza a Savills, uma descida de 8% face a igual período do ano passado.

De acordo com a consultora, foram fechadas 37 operações, em linha com o primeiro semestre de 2022, sendo de destacar a performance do setor do turismo (Hospitality) que somou 273 milhões de euros investidos (39% do total). Destaque também para o retalho, com 263 milhões de euros e 38% do total.

O segundo trimestre foi mais forte em termos de volume de investimento, e destacou-se com um aumento de 77% no volume de investimento face ao trimestre anterior. Ainda assim, a Savills destaca que metade do investimento feito nestes três meses diz respeito à venda do portfólio dos hotéis Dom Pedro, por cerca de 250 milhões de euros, à gestora britânica Arrow Global.

Paulo Silva, Head of Country da Savills Portugal, analisa que «os fundamentais de mercado que regeram os primeiros 6 meses do ano deverão permanecer até ao final de 2023, com o quadro das taxas de juro em alta a continuar a exercer maior pressão sobre as expectativas de retorno dos investidores, gerando maior demora nos processos de decisão».

Ainda assim, segundo o especialista, «o mercado continua a registar elevada liquidez para investir no setor imobiliário. Os ativos de escritórios e industriais e logísticos permanecem como classes de interesse para os investidores, no entanto, a falta de produto core e as expectativas dos vendedores limita o fecho de transações nestes mercados».

Por outro lado, «os ativos “value-add” e de “development” - estes últimos vocacionados para o desenvolvimento de projetos residenciais, alternativos (Operational Capital Markets) e de hotelaria – permanecem bastante apetecíveis para os investidores», aponta Paulo Silva.

Fonte: VI