No 3º trimestre de 2022, foram licenciados em Portugal 5.700 edifícios, -7,7% que em igual período de 2021, um agravamento face à quebra de -6,6% registada no trimestre anterior. Trata-se também de uma descida de -3,3% face a igual trimestre de 2019.

Os números agora publicados pelo INE mostram que os edifícios licenciados em construções novas registaram uma descida homóloga de -5,8% (-5% no trimestre anterior), mais 4% que no 3º trimestre de 2019. Já o licenciamento para reabilitação desceu -12,6% face ao ano passado (-9,6% no 2º trimestre).

Estima-se a conclusão de 3.700 edifícios no 3º trimestre deste ano, -3,4% que em igual período de 2021. A maioria dos edifícios concluídos (81,5%) diz respeito a construções novas, 77,5% dos quais habitação familiar. Todas as regiões apresentaram uma diminuição do número de edifícios concluídos, com destaque para o Algarve (-22,3%; -39 edifícios) e Açores (-11,8%; - 24 edifícios).

Na comparação trimestral, o número de edifícios licenciados desceu -8,9%, e o número de edifícios concluídos subiu 3,4%. Na comparação mensal, mantém-se a descida do número de edifícios licenciados, que se intensificou em setembro, com uma descida de -11,6%.

Do total de edifícios licenciados, 76,7% destinaram-se a construções novas, e 81% tinham finalidade de habitação familiar. A Madeira foi a única região do país a registar uma variação homóloga positiva no número total de edifícios licenciados, de quase 8%, todas as outras registaram descidas, com destaque para o Alentejo, com -30,5%.

No 3º trimestre deste ano, foram licenciados 6.900 fogos em construções novas para habitação familiar, -4,7% que no 3º trimestre de 2021, e mais 6,3% face ao 3º trimestre de 2019. O Algarve e a Madeira apresentaram as únicas variações homólogas positivas neste indicador (+58,6% e +2,5%, respetivamente). As maiores descidas homólogas registaram-se nos Açores (-26,0%; -40 fogos) e na Área Metropolitana de Lisboa (-17,6%; -265 fogos).

O Norte continuou a destacar-se com o maior contributo em todos os indicadores, correspondendo-lhe 39,7% dos edifícios licenciados, 40,8% dos edifícios licenciados para reabilitação e 49,9% dos fogos licenciados em construções novas para habitação familiar.

No acumulado dos três trimestres deste ano, foram licenciados -3,9% dos edifícios licenciados em igual período do ano passado, e mais 3,4% que em 2019.