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05/12/2024
Novos pedidos de licenciamento de habitação somam 53.790 fogos até outubro
De acordo com os dados apurados pela Confidencial Imobiliário, o pipeline dos primeiros 10 meses de 2024 contabiliza mais 1.900 fogos do que o total de 2023.
Novos pedidos de licenciamento de habitação somam 53.790 fogos até outubro

Entre janeiro e outubro deste ano, as autarquias de Portugal Continental receberam pedidos de licenciamento para 18.130 novos projetos habitacionais. A sua concretização trará uma oferta de 53.790 fogos ao mercado. Este pipeline já supera em 1.900 fogos o total de habitações submetidas a licenciamento em 2023, quando foram apresentados pedidos para 51.900 fogos.

Os dados são apurados pela Confidencial Imobiliário, no âmbito do sistema de informação Pipeline Imobiliário, o qual incide sobre os pré-certificados energéticos emitidos pela ADENE.

Os primeiros dez meses deste ano confirmam o crescimento contínuo do investimento em nova habitação registado nos últimos dois anos. Após a desaceleração provocada pela pandemia, a atividade voltou a crescer em 2022, com 43.800 fogos submetidos a licenciamento, um aumento de 17% face ao ano anterior.

Em 2023, o volume subiu para 51.900 habitações, representando um crescimento de 18%. Em 2024, até outubro, o número de fogos licenciados já supera o total do ano anterior, com um crescimento médio mensal de 24%. Durante este período, foram submetidos a licenciamento, em média, 5.380 novos fogos por mês, face aos 4.320 registados mensalmente em 2023.

Promotores reforçam aposta nos projetos de grande dimensão

Apesar de, em número de fogos, o pipeline até outubro já passar a totalidade de 2023, o número de projetos permanece aquém, o que evidencia o reforço da promoção de edifícios de maior dimensão. De facto, até outubro contabilizam-se 18.130 novos projetos de habitação com pedido de licenciamento no país, dos quais 35 têm mais de 100 apartamentos.

Em 2023, o pipeline nacional somou 20.385 novos projetos residenciais, entre os quais 21 com mais de 100 apartamentos. O peso deste tipo de projeto no total dos fogos projetados também aumentou. Em 2024, os 35 projetos em questão contribuem para 9% do total de fogos em carteira, uma fatia que corresponde a cerca de 4.800 apartamentos.

No ano transato, este segmento específico gerou cerca de 2.900 apartamentos, o equivalente a 6% do pipeline total. Os 35 edifícios de maior dimensão registados em 2024 distribuem-se entre 19 concelhos, liderados pelo Porto, com seis projetos. Lisboa, Almada, Gaia e Matosinhos acolhem três projetos cada. Portimão acolhe o maior dos projetos em pipeline, com 218 apartamentos.

Porto é o principal destino de investimento em habitação no país

A dinâmica do investimento em nova promoção residencial tem eco nas principais cidades do país. No acumulado do ano até outubro, são 11 os concelhos com mais de 1.000 fogos em carteira, além de se registarem outros dois com pipelines da ordem das 900 unidades. Este conjunto de cidades é liderado pelo Porto, concelho que, no período em consideração, contabiliza 3.155 novos fogos com pedido de licenciamento.

Este volume já supera em 23% (equivalente a quase 600 fogos) o pipeline de todo o ano passado. Seguem-se Lisboa, com 2.250 unidades em pipeline, e Vila Nova de Gaia, com outros 2.210 fogos. Com mais de 1.000 habitações submetidas a licenciamento neste período contam-se Matosinhos, Vila do Conde, Braga, Barcelos e Vila Nova de Famalicão, a Norte; Leiria, no Centro; e Sintra e Loures, na Área Metropolitana de Lisboa. No patamar dos 900 fogos incluem-se Almada e a Maia.