Portugal registou no segundo trimestre de 2025 a maior subida homóloga de preços da habitação entre os Estados-Membros da União Europeia. De acordo com dados do Eurostat, os preços aumentaram 17,2% face ao mesmo período do ano passado.
Pelo terceiro trimestre consecutivo, o pódio dos países com maiores aumentos homólogos no preço das casas mantém-se inalterado. Portugal lidera, seguido da Bulgária (+15,5%) e da Hungria (+15,1%). Já a Finlândia foi o único país onde o preço das casas recuou (-1,3%), indica o serviço estatístico europeu, num boletim divulgado esta sexta-feira.
No conjunto europeu, os preços das casas aumentaram 5,1% na zona euro e 5,4% na União Europeia. Na variação em cadeia, o indicador cresceu respetivamente, 1,6% e 1,7%. Em Portugal, a variação em cadeia foi a mais elevada entre os Estados-Membros, com 4,7%, à frente do Luxemburgo (+4,5%) e da Croácia (+4,4%). Os preços das casas diminuíram apenas em dois países: França e Bélgica.
Preço das casas mais do que duplicou em 15 anos em Portugal
Entre 2010 e o segundo trimestre de 2025, os preços das casas aumentaram mais do que as rendas em 21 dos 26 Estados-Membros da União Europeia para os quais há dados disponíveis, segundo dados sobre a evolução das rendas divulgados pelo Eurostat. Em Portugal, os preços da habitação subiram 141% neste período, duplicando face a 2010 e colocando o país entre os dez Estados-Membros com maiores aumentos.
As variações mais acentuadas foram registadas na Hungria (+277%) e na Estónia (+250%), onde os preços mais do que triplicaram. Também duplicaram ou mais do que duplicaram na Lituânia (+202%), Letónia (+162%), Chéquia (+155%), Bulgária (+133%), Áustria (+117%), Luxemburgo (+112%), Eslováquia (+105%), Polónia (+104%) e Croácia (+102%). A Itália foi o único país da União Europeia a registar uma descida, de -1%.
Durante o mesmo período, as rendas aumentaram em 26 Estados-Membros da União Europeia, com as maiores subidas a registarem-se na Estónia (+218%), Lituânia (+192%), Hungria (+125%) e Irlanda (+117%). A Grécia foi o único país onde os preços dos arrendamentos desceram (-9%).