Entre janeiro e dezembro de 2022, o preço mediano da habitação em Portugal foi de 1.484 euros por metro quadrado, o que se traduz numa subida de 14,4% face a 2021. Estes são os dados divulgados pelo INE esta sexta-feira.
O preço mediano de alojamentos familiares manteve-se acima do valor nacional nas sub-regiões do Algarve (2 339 €/m²), Área Metropolitana de Lisboa (2 096 €/m²), Área Metropolitana do Porto (1 609 €/m²) e Região Autónoma da Madeira (1 571 €/m²).
47 municípios com preço mediano superior ao valor nacional
No período em análise, um total de 47 municípios registou um preço mediano superior ao valor nacional, localizados maioritariamente nas subregiões Algarve (14 em 16 municípios) e Área Metropolitana de Lisboa (17 em 18 munícipios). Em 2022, o município de Lisboa (3 872 €/m²) registou o preço mais elevado do país, indica o Instituto Nacional de Estatística.
No último trimestre de 2022, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal fixou-se nos 1.500 euros por metro quadrado, o que corresponde a uma taxa de variação homóloga de +10,7%. O preço mediano das casas aumentou, face ao período homólogo, em 22 sub-regiões NUTS III, destacando-se os crescimentos no Alentejo Litoral (+22,6%), Região Autónoma da Madeira (+18,9%), Aveiro (+18,3%) e Médio Tejo (+17,2%).
No 4º trimestre do ano transato, o Algarve, a Área Metropolitana de Lisboa, a Região Autónoma da Madeira e a Área Metropolitana do Porto foram as quatro sub-regiões com preços medianos da habitação mais elevados e, também, registaram os valores mais elevados em ambas as categorias de domicílio fiscal do comprador.
De acordo com os dados do INE, nas áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa, o preço mediano das transações efetuadas por compradores com domicílio fiscal no estrangeiro superou, respetivamente em +75,6% e +64,3%, o preço das transações por compradores com domicílio fiscal em território nacional.
Desaceleração dos preços das casas em 14 dos 24 municípios mais populosos
No 4º trimestre do último ano, observou-se uma desaceleração dos preços das casas em 14 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes (12 no 3º trimestre de 2022). Destacam-se, com decréscimos superiores a 10 pontos percentuais (p.p.), Barcelos (-19,2 p.p.), Maia (-16,5 p.p.) e Matosinhos (-11,6 p.p.).
Por outro lado, houve um aumento da taxa de variação homóloga em 10 municípios, evidenciando-se Santa Maria da Feira (+11,3 p.p.), Vila Franca de Xira (+7,8 p.p.) e Guimarães (+7,7 p.p.). O município do Porto registou um acréscimo de +0,8 p.p.
Fonte: VI